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Senepol é uma ótima opção para os pecuaristas em MS

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Guilherme Zeli e exemplares Senepol: rusticidade, adaptação e resultados

A Fazenda Paranoá Senepol fica ás margens do rio Sucuriú, há poucos quilômetros do centro de Três Lagoas. Neste belo cenário, o pecuarista Guilherme Zeli cria cerca de 500 animais da raça Senepol, um cruzamento de bovinos africanos e britânicos que resultou em um gado de temperamento dócil e carcaça avantajada, predominantemente mocho e de coloração avermelhada.

Satisfeito, ele conta que a ideia do criatório surgiu em 2005, como opção de cruzamento industrial. “São animais que nos chamaram a atenção desde o início. Procurávamos raças com boa adaptabilidade ao clima, que é quente e em alguns meses, bastante seco”, explica.

Adaptação é mesmo um diferencial da raça. O Senepol possui uma grande capacidade de encontrar alimentos onde animais de outras raças teriam dificuldades. Na fazenda, com área total que passa dos 2.200 hectares, 35% são de pastagens.

Em 2009, o criador decidiu investir em genética. De lá para cá, não abandonou mais a raça. Para isso foi preciso investir bastante em tecnologia. Num processo que ele chama de “monitoramento alimentar”, Zeli contratou uma empresa especializada que inseriu chips nas orelhas de todos os animais. Quando estes entram para se alimentarem ou tomar água, um sensor registra esta informação e a transmite para uma central, instalada na própria fazenda. Nos bebedouros há ainda balanças, que monitoram constantemente o ganho de peso deles. Os dados são retransmitidos em tempo real para o celular de Guilherme e para os de representantes da empresa, que também fazem este monitoramento.

O criador reforça que tomou este cuidado apenas com os animais puros, usados para a reprodução de alto nível. Em outra propriedade, animais da raça são destinados para o corte e tratados naturalmente, à pasto. “Fazemos o manejo deles junto com animais Nelore, sem dificuldade alguma. A adaptação é surpreendente”, comemora.

Em um mercado cada vez mais exigente, além da vantagem em relação ao peso na desmama e a facilidade no manejo, os animais Senepol se diferenciam pela pelagem curta, a resistência ao calor e a parasitas. Por isso mesmo, o criador não pensa em investir em outra raça tão cedo. Pelo contrário, ele é um apaixonado pelo criatório e quer expandí-lo.

História da raça

O Senepol é uma raça bovina resultado do cruzamento de três outras raças. Sua história tem origem no século XVIII, quando surgiu o Red Poll, mistura de um bovino mocho (sem chifres) do condado inglês de Suffolk e outro bovino vermelho e com chifres, do condado de Norfolk, também da Inglaterra. O Red Poll é responsável pela ausência de chifres e pêlo avermelhado no Senepol. O outro lado da raça vem do bovino senegalês N’Dama, chifrudo e sem cupim, criado no continente africano principalmente por ser resistente à doença do sono.

A precocidade para reprodução e a docilidade do Red Poll se uniu à resistência do N’Dama pela primeira vez em 1918 no arquipélago caribenho de Ilhas Virgens. Em 1940, a raça já era considerada de sangue puro e em 1954 registrou o nome Senepol, junção de Senegal (país de origem do N’Dama) com o Red Poll.

Senepol no Brasil

Em 2000, vieram os primeiros animais para o Brasil, importados dos melhores rebanhos dos EUA e das Ilhas Virgens (Saint Croix). A importação inicial envolveu dois líderes genéticos da raça e as melhores fêmeas Senepol com provas fantásticas. Graças a esta genética, os selecionadores brasileiros multiplicaram a qualidade do Senepol, fazendo do Brasil um celeiro da genética mundial, uma referência provada no Congresso Internacional ocorrido em 2014, em Uberlândia/MG, onde está a sede da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCB-Senepol).

Fonte: http://www.expressaoms.com.br/noticia/56997-2018-04-senepol-e-uma-otima-opcao-para-os-pecuaristas-em-ms

Alta produção de embriões de TE da Paranoá 450 motiva sócio JV3

A Paranoá Senepol justifica a oferta de novilhas qualificadas com a produção que credibiliza a sua seleção. E faz ganhar os criadores que acreditam na genética produzida na fazenda, em Três Lagoas/MS. A Safira Top 10 Paranoá 450 foi a mais nova constatação desse trabalho de melhoramento genético, com uma produção expressiva de embriões.

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Paranoá 450 clicada antes da venda especial de junho de 2016, que formou a parceria Paranoá/JV3: produção espetacular de 24 embriões de TE. (Foto: Jadir Bison)

Nascida em fevereiro de 2015, Paranoá 450 (CN 550N x Paranoá 124 / SCR 6001S) produziu 24 embriões no último trabalho de coleta realizado pelo médico veterinário Luciano Aranha. A produção dela ajudou a estabelecer média de 10,5 embriões por doadora. “Isso não é FIV e sim TE a fresco, onde as doadoras foram inseminadas sete dias antes com superovulação e extraímos dela os embriões, uma produção fantástica”, comentou Aranha, ainda na fazenda.

Reprodução dos embriões a fresco de Paranoá 450 coletados pelo médico veterinário Luciano Aranha, no começo de fevereiro.
Reprodução dos embriões a fresco de Paranoá 450 coletados pelo médico veterinário Luciano Aranha, no começo de fevereiro.

Em outubro, na última edição do Safiras do Senepol (2016.1), Paranoá 450 se classificou como a quarta melhor fêmea jovem do maior programa de avaliação de novilhas da raça Senepol no mundo. Foi arrematada 50% pelo criador Jorge Luiz Veduvoto no leilão Genética Paranoá & Convidados, em junho de 2016, enquanto ainda estava em teste.

Um animal desse produz embrião para dois e a sociedade praticamente provou isso na sua primeira coleta válida para TE, um resultado espetacular”, comemora Veduvoto, do JV3 Senepol.

Em 2016, ele passou a investir na raça em sociedade com Guilherme Zeli, da Paranoá Senepol, que conheceu meses antes, comprando dele touros para sua fazenda. Foram duas doadoras adquiridas em abril e, no leilão de junho, mais seis lotes, entre eles a sociedade na Paranoá 450.

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Zeli (esq.), da Paranoá Senepol, e Veduvoto: parceria começou em 2016 e já tem levado resultados ao Senepol JV3. (Foto: Greco Studios)

Eu a vi na fazenda em preparação para ir ao Safiras e logo percebi que era diferente”, lembra Veduvoto. “A garantia da Paranoá de que se tornaria uma doadora se confirmou no resultado do teste e ela virou um ‘vagão’ de animal”, impressiona-se. “Ela tem uma família muito produtiva, a mãe também se destacou em produção e o acasalamento completou”, comenta Guilherme Zeli.

A doadora continua em trabalho de reprodução na Paranoá, assim como outras que os dois criatórios têm em parceria. Luciano Aranha vai transferir a parte dos embriões produzidos por elas que cabe à JV3 Senepol na Fazenda Vitória, em Selvíria/MS. Depois disso, o sócio começa a ter de volta o investimento numa genética segura.